sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Estamos em Obras!


Voltamos em Breve!

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

JUSTIÇA????


Uma criança morreu. Uma vida que não vai acontecer. Mas a justiça decide que esse é um assassinato sem assassino. Um acidente.
Acidente??? Acidente é uma criança cair do balanço no parque. É uma topada na pedra, no meio da rua. Um PM, supostamente um servidor a serviço da segurança, descer de uma patrulha e disparar 17 tiros num carro, sem saber quem está lá dentro, não é acidente. É imperícia, negligência, falta de respeito a vida, falta de treinamento...é qualquer coisa menos acidente!
A justiça acaba de tornar legal o "atire primeiro e pergunte depois". Só falta agora que a mãe seja responsabilizada por estar na rua num carro semelhante ao de um bandido. Talvez tenhamos que sair com camisetas: não atire em mim, não sou bandido.
Isso pode ser legal. Pode estar lá na letra da lei. Mas não é justiça. É imoral.
Desculpem, mas me faltam palavras para comentar tal absurdo e despropósito da nossa "justiça". Que os pais de João Roberto encontrem paz, por que seu filho infelizmente não encontrou a justiça!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Exploradores da Miséria Humana

Cauã, 4 anos, morador de rua.
Você não precisa esperar a TV para ajudar!

Faz tempo que esse assunto ronda minha mente e pede para virar post. Mas algo acontecia e sempre ficava para depois. Começou lá atrás, no caso Isabella e voltou depois na entrevista da mãe de João Roberto e novamente no circo de horrores promovido pela TV, no caso Eloá. E o mosquitinho ficou rondando meu ouvido, até estourar agora com a situação caótica e desesperadora de Santa Catarina. Não falo da comoção justa e ativa de populares que se unem para aliviar o sofrimento dos catarinenses. E nem nego que tal sofrimento é imenso e digno de ajuda. Falo da exploração diária, da forma sensacionalista que a imprensa vem tratando o caso.
Uma emissora de TV que toma para si a "missão divina" de socorrer as vítimas e pede que não se doe mais água e alimentos, mas dinheiro. Dinheiro depositado em uma conta que ninguém sabe quem controla, que ninguém fiscaliza. De repórteres sensacionalistas que não buscam notícias, mas espremem suas "vítimas" na sanha enlouquecida de arrancar mais lágrimas que a equipe vizinha. Em filantropos de plantão, que vendem sua imagem de bons samaritanos, alardeando uma caridade que devia ser ato de todo dia. De quem aparece para chorar as vítimas de Santa Catarina, mas fecha os olhos aos meninos que dormem na sacada do seu prédio. E que pulam por cima de moradores de rua, estendidos no frio, para levar cobertores para "doação".
Essa caridade que precisa ser feita com comoção pública, que só existe por que a TV está filmando é que me irrita profundamente. Ou talvez irritação não seja a palavra certa. Choque e tristeza seria melhor. É triste ver o quanto as pessoas se tornam insensíveis a miséria que vêem todo dia e precisam da TV para convencê-los que aquela miséria, lá longe, é maior e mais importante que a que acontece todos os dias debaixo dos seus olhos.
Que ninguém imagine que me sinto insensível ao ver as imagens de cidades alagadas e famílias sem abrigo. A tragédia de Santa Catarina é real e as pessoas que lá estão sofrem e padecem de uma dor real. Que precisa ser sanada, que precisa de ajuda e cujo envolvimento e doações de todo país podem amenizar. É justo que recebam atenção num momento de tanta perda, isso é óbvio. O que não pode se tornar rotina é essa exploração da miséria humana transmitida em rede nacional e cuja única intenção é conseguir alguns pontos no ibope. Não se pode achar normal apresentadores de TV entrevistando sequestradores ao vivo, familiares sendo impedidos de seguir um enterro por que a TV precisa filmar cada lágrima, cada passo, para a necessidade vampiresca que alguns tem de acompanhar o sofrimento alheio. O que não pode ser comum é que a caridade só seja feita à luz de holofotes. Ninguém precisa esperar tragédias para ajudar por que existem tragédias acontecendo sob nossos olhos o dia inteiro, todo dia, do lado das nossas casas!
Ajudem Santa Catarina, enviem água, alimentos não perecíveis e roupas. Se organizem, seja em associações ou em condomínios, participem....mas não deixem essa mobilização morrer quando a TV noticiar a próxima tragédia! Não fechem os olhos aos que passam fome do seu lado, aos que sentem frio ali na esquina, aos que pedem socorro em sinais, aos velhos abandonados nos asilos, as crianças esquecidas em orfanatos...Não esperem a miséria em cores e rede nacional, quando ela existe do seu lado e você não vê. Não esperem o microfone para fazer caridade.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Psicopata Comunitário



Quando você pensa em um psicopata o que lhe vem a mente? Hannibal Lecter? Chico Picadinho? O Colecionador de Ossos? Jack, o Estripador? Na ficção ou na vida real, nos acostumamos a pensar que o psicopata é uma pessoa a parte, um ser quase não humano que corta pessoas em fatias. E eles são. Mas não apenas. Um estudo do neurologista Ricardo de Oliveira Souza quer provar que psicopatas estão muito mais perto do que nós imaginamos.
Ricardo aplicou em pacientes problemas um teste elaborado pelo FBI para diagnosticar serial killers. E os resultados são assustadores! Leia aqui a reportagem completa. Ele nomeou essas pessoas de psicopatas comunitários. Eles não fazem pessoas em pedaços e nem comem cabeças no jantar, mas são tão perigosos e deletérios quanto esses. Um psicopata comunitário pode ser seu vizinho, seu patrão, o gerente do banco, a mulher do seu melhor amigo. E quando você descobrir talvez seja tarde demais para impedir os estragos que ele pode causar em sua vida.
Com certeza você conhece um tipo assim. Ele é charmoso, divertido, parece ter sempre uma história para contar. É também um ser permanentemente injustiçado. Costuma se definir como alguém "do bem", preocupado com os outros, mas a quem a vida sempre deve algo. Ele vive sofrendo e sendo injustiçado pelo mundo.
Um psicopata comunitário é um mentiroso patológico. Perigoso por que não tem sentimentos de empatia e nem de remorso. Ele desconhece o que é culpa, suas relações são baseadas em interesse e seus afetos são superficiais. Eles alimentam sentimentos de vingança por que sentem que o mundo lhes deve algo.
Neurologicamente falando e segundo o estudo de Oliveira e Holl o cérebro dessas pessoas tem pouca atividade nas estruturas cerebrais ligadas as emoções morais e primárias e muita atividade ligada a razão. Psicopatas não são loucos no sentido de terem perdido a racionalidade. Na verdade são racionais ao extremo, com pouco ou nenhum sentimento de amor e culpa.
São parasitas sociais, que vivem desde pequenos golpes(os famosos 171) até os institucionais que vivem de golpes do colarinho branco.
Claro que nem todo mentiroso é uim psicopata e que qualquer um de nós algum dia sentiu raiva ou desejo de vingança, teve um dia de fúria...O psicopata no entanto tem tal comportamento de maneira repitida, constante e extrema desde a infância ou por pelo menos dois anos seguidos.
Com certeza você já conheceu um tipo assim. Sedutor, falante, sempre com uma história triste para justificar seus erros e seus ataques de fúria. Aquele colega do trabalho sempre pronto a puxar seu tapete, a vizinha que destila mentiras sem se preocupar, o que busca vingança e o outro que quer ganhar mesmo que as custas de pisar em quem quer que seja. Cuidado...sem saber você pode estar perto de ser a próxima vítima de um psicopata comunitário!

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Tagarela, Eu?



Um dos livros mais legais que li nos últimos anos foi "Por que os Homens Fazem Sexos e as Mulheres Fazem Amor?". Apesar do título sugestivo, não se trata de um livro sobre os segredos tântricos do sexo...mas de um estudo científico e muito bem humorado sobre as diferenças entre homens e mulheres. Vale a pena ler, eu recomendo. Você, homem ou mulher, dará ótimas risadas e irá se reconhecer em cada página!
Uma das informações que o livro traz é de uma pesquisa inglesa sobre a quantidade de sons verbais não verbais, que cada um dos sexos usa para se comunicar. Segundo esse estudo, uma mulher mediana utiliza de 6000 a 8000 palavras, de 2000 a 3000 sons vocais e cerca de 10000 gestos para se comunicar num dia normal. Um homem, por outro lado, usa cerca de 2000 a 4000 palavras, de 1000 a 2000 sons vocais e de 2000 a 3000 gestos no mesmo período. BINGO! Descobrimos por que é tão difícil discutir a relação....faltam palavras para eles, literalmente!
Ontem quando eu voltava do Rio de Janeiro vi, ou melhor, ouvi a prova viva de tal estudo! Entrei no ônibus pronta para dormir as 3h de viagem que separam o RJ do buraquinho que me escondo, depois de um dia exaustivo atrás de material de trabalho. Ledo engano, não dormi um único minuto. Atrás de mim sentou um casal que na pressa de me acomodar eu nem reparei nos rostos. Assim que saímos do terminal começou um animado diálogo. Aliás monólogo! Sobre que assunto exatamente eu não sei dizer. Mas tinha alguma coisa a ver com motos, festas, sapatos, corte de cabelo, viagem de férias, família, cachorros(!!), video game e dormir demais. Você acha que não faz sentido? Eu tenho certeza! rsrs
Nunca tinha ouvido uma DR. Quer dizer, já fiz inúmeras DRs, mas nunca tinha ouvido de fora...sem envolvimento emocional. Sinceramente, fiquei chocada! O assunto começa na compra de uma moto e termina no horário de acordar!O que uma coisa tem a ver com a outra??? O mais engraçado é que no início eu achei que ela estava falando no telefone. Por que ela falava, reclamava, resmungava...aí parava por um minuto ou dois, como se alguém respondesse e depois voltava a falar. Imaginei o preço da ligação de celular(aqui vale um alerta, não façam DR pelo celular, fica muito caro!) até que em determinado momento ela finalmente pergunta: "Você não vai falar nada?" Quantas de nós já não fizemos exatamente essa pergunta??? rsrsrs
As respostas dele se limitaram a: arran, unft, han...Acho que ele já devia ter gasto a cota de 4000 palavras do dia, afinal já era quase 20h!

domingo, 14 de setembro de 2008

Adote um Focinho Carente!


Muitos e muitos anos atrás o seu tataravô retirou das matas o meu tataravô. E eles fizeram um acordo, ainda que sem palavras. Em troca de comida e abrigo o meu ancestral devia proteger a aldeia e cuidar da tribo. Parecia uma troca justa. Ele não precisaria mais correr atrás da caça arisca, não precisaria procurar abrigo e nem temeria os predadores...parecia.
E por vários anos formaram uma parceria útil para todos. E os filhos dos filhos do meu ancestral foram se acostumando com essa vida.
Um dia o homem decidiu que podia melhorar essa parceria(para ele, claro!). E resolveu nos “aperfeiçoar”. E então ganhamos pelagens diferentes, orelhas caídas ou eretas, maiores, menores, com pouco pêlo, com muito pêlo, magros ou pesados, altos, baixos, compridos, de olhos azuis...E o homem viu que podia aproveitar nossas habilidades em outros trabalhos. E usou nosso faro, nossos olhos, nossa força...
Viramos guias de cego, farejadores, puxamos trenós, caçamos...nos ensinaram truques, descobriram que fazemos bem a saúde e viramos terapeutas...tudo parece perfeito não? Mas não é...
Nesse processo o homem nos moldou a sua necessidade e pelo caminho alterou nossos instintos, mudou nosso comportamento, selecionou nossa genética. E fomos esquecendo daquela vida dos nossos ancestrais. Já não sabemos mais caçar, nem lembramos como é procurar um rio para beber água. Nos acostumamos a esperar a ração e a levar o pote de água até você para pedir que seja reabastecido. Esquecemos como é preciso procurar uma caverna que sirva de abrigo por que você nos ensinou a viver em casinhas e nos aqueceu com panos. E lá fora tudo mudou...
O homem habitou quase todos os espaços e hoje os meus predadores já não são os guepardos, mas os carros, o veneno de rato, os vírus...Então entenda: eu não sou mais um animal selvagem. Eu dependo de você. Lembra daquele acordo que fizemos lá atrás? Eu cumpri minha parte. Protegi e amei gerações dos seus. E acompanhei você até aqui. Agora faça a sua parte, lembre-se que você me trouxe até aqui, até o que eu sou hoje. E eu não sei fazer o caminho de volta.
Quem ama não abandona!

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Dia de Festa!!!



Eu tentei pensar em um monte de coisas legais para escrever, mas a inspiração me abandonou. Pensei em falar das lembranças, dos joelhos ralados, das noites sem dormir, das respostas malcriadas...Pensei em contar das gracinhas, da primeira palavra, do primeiro não...Do dia em que ele perdeu os dentes e eu quase perdi a cabeça...
Pensei em lembrar de beijos com gosto de chocolate, do pega pega na sala ou das cosquinhas na cama....Das 53462543 de vezes em que li a mesma história e de tds as vezes em que ele fugiu para não escovar os dentes...
Me vi lembrando do medo absurdo quando colocaram aquela trouxinha azul no meu colo e disseram que eu podia vir para casa. Como assim??? Como eles tem coragem de entregar alguém tão frágil para outro alguém ainda mais frágil e que não tem habilitação para isso? Ainda acho absurdo ser preciso carteira de motorista para dirigir e nenhuma licença para criar um filho!
Lembrei dos erros...tantos...Das vezes em que gritei quando não devia, coloquei de castigo e me arrependi, deixei fazer e não podia, dei chocolate e pizza ao invés de frutas e sopa...
E aí fui olhar as fotos...Parem tudo! Meu filho agora é um teen de direito e não tem mais volta...Cadê o meu bebê? Ele tem bigodes, a voz está mudando, perdeu aquele sorriso adorável de bebê com carinha de sono...Então, deixemos de dar voltas e vamos direto ao ponto...frases feitas! Ele cresceu rápido demais e eu nem percebi....
 
© 2008 *By Templates para Você*